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quarta-feira, 27 de junho de 2012

Gripe


Gripe




1. O que é a gripe?
 É uma infecção do sistema respiratório muito comum em todo o mundo, causada pelo vírus Influenza. São conhecidos 3 tipos de vírus Influenza: A, B e C. Os tipos A e B causam maior morbidade (adoecimento) e mortalidade que o tipo C. Geralmente as epidemias e pandemias (epidemia em vários países) estão associadas ao vírus do tipo A. O tipo C não tem importância clínica nem epidemiológica.


2. Quais são os sintomas da gripe? 
Febre geralmente alta (>38ºC), dor de garganta, tosse seca, espirros, coriza (corrimento nasal), dor de cabeça, dor nos músculos, calafrios e prostração (fraqueza).


3. Existem outras doenças que podem ser confundidas com a gripe? 
Sim. O resfriado comum apresenta sintomas idênticos aos da gripe, porém de forma mais branda, com febre ausente ou de menor intensidade. A rinite alérgica é outra doença que muitas vezes se confunde com a gripe, com sintomas como espirros, congestão e corrimento nasal.


4. Como a gripe é transmitida? 
- de forma direta: através das secreções das vias respiratórias de uma pessoa contaminada ao falar, espirrar, ou tossir; ou
- de forma indireta: por meio das mãos que, após contato com superfícies recentemente contaminadas por secreções respiratórias de um indivíduo infectado, podem carrear o agente infeccioso diretamente para a boca, nariz e olhos.


5. A gripe pode ser grave?
 Geralmente a gripe é uma infecção autolimitada, ou seja, evolui para cura completa devido à reação do próprio organismo humano. No entanto, pode ser uma doença grave em idosos, pessoas portadoras de doenças crônicas (como diabetes, câncer, doenças crônicas do coração, dos pulmões e dos rins), pessoas imunodeprimidas, gestantes e recém-nascidos. Esses grupos de pessoas são considerados de maior risco para apresentar complicações.


6. Existe vacina para prevenir a gripe?
Sim. O Ministério da Saúde do Brasil, a partir de 1999, vem realizando campanhas anuais de vacinação contra a gripe. A composição da vacina varia a cada ano, de acordo com os tipos de vírus da influenza que estão circulando.
7. Existe vacina para previnir resfriados?
 Não. Devido ao grande número de vírus capazes de causar resfriados, não é viável desenvolver vacinas efetivas.
8. Qualquer pessoa pode tomar a vacina contra a gripe? 
Sim, a partir dos seis meses de idade e desde que não tenha alergia a ovo (uma vez que esta vacina é produzida em ovos de galinha). No entanto, a política de vacinação contra a influenza atualmente adotada pelo Ministério da Saúde é direcionada para os grupos de maior risco de desenvolver as formas graves e complicações da doença.
9. Qual a duração da proteção da vacina contra a gripe?
A vacina protege por aproximadamente um ano. Como o vírus influenza é capaz de mudar suas características com muita frequência, a cada ano é necessário que se faça uma nova vacina.


10. Pode-se ter gripe mesmo estando vacinado contra influenza? 
Sim, porque a vacina protege contra os três tipos de vírus que anualmente fazem parte da sua composição (a vacina sempre é composta pelos três vírus mais importantes do ano, mas podemos sofrer infecção por algum outro vírus menos prevalente). Mesmo assim, a vacinação diminui a gravidade da gripe e, portanto, as chances de complicações e óbitos. Entre os adultos, a vacinação pode prevenir de 70 a 90% dos adoecimentos. Entre os idosos, reduz complicações e adoecimento severo em 60% e as mortes em 80%.
11. Devo fazer a vacina da gripe? 
Esta decisão é feita analisando a relação entre riscos, custos e benefícios. Para os grupos de risco, o benefício é maior, fazendo com que a indicação da vacina seja maior. Para quem não se enquadra nos grupos de risco, a vacina é facultativa, e depende do que cada um pensa. Se você tem dúvidas, discuta com seu médico (mas lembre-se que, ainda assim, ele terá apenas uma opinião, pois a verdadeira resposta depende do entendimento particular de cada um).
12. O que se pode fazer para evitar a gripe?
Como medida geral de prevenção e controle de doenças de transmissão respiratória, recomenda-se:
- higienizar as mãos com água e sabão com frequência (especialmente depois de tossir ou espirrar, depois de usar o banheiro, antes de comer, antes de tocar os olhos, boca e nariz);
- evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies;
- usar lenço de papel descartável;
- proteger com lenços a boca e o nariz ao tossir ou espirrar, para evitar disseminação de aerossóis;
- evitar aglomerações e ambientes fechados;
- manter hábitos saudáveis, como alimentação balanceada, ingestão de líquidos e atividade física;
- também é importante que os ambientes sejam arejados e recebam a luz solar, pois estas medidas ajudam a eliminar os possíveis agentes das infecções respiratórias.

13. Qual a situação atual da gripe A H1N1?
O comportamento desta gripe se assemelha ao da gripe comum. Ou seja, o vírus H1N1 não se apresentou mais violento ou mortal na população geral. A maioria absoluta das pessoas que adoece, seja pela gripe comum, seja pela gripe A H1N1, desenvolve formas comuns da doença e se recupera, mesmo sem uso de medicamentos. Para ambas as gripes, pessoas com doenças crônicas, gestantes e crianças menores de dois anos são mais vulneráveis. Nesse momento, grande parte da população está protegida contra o vírus, seja porque teve a infecção natural em 2009 (estima-se que até 30% da população pode ter tido influenza pelo subtipo A H1N1) ou porque se vacinou nas campanhas de vacinação realizadas pelo Ministério da Saúde. Circulação localizada do vírus pandêmico tem ocorrido em praticamente todos os países do mundo. Para responder a essa situação, a OMS manteve esse subtipo de virus entre os três que fazem parte da composição atual da vacina contra a influenza.


14. Como tratar a gripe? 
Tratam-se somente os sintomas, geralmente com ingestão de muito líquido (2,5 a 3 litros ao dia), boa alimentação, inalação de vapor e uso de analgésicos e antitérmicos (paracetamol, ibuprofeno), descongestionantes orais ou tópicos, antitussígenos e soro fisiológico nasal. Casos de risco podem ser tratados com medicação antiviral (oseltamivir, Tamiflu).

terça-feira, 5 de junho de 2012

HÁ MOMENTOS NA VIDA NOS QUAIS AS PALAVRAS SÃO DESNECESSÁRIAS...
















 
"O fantástico da vida é estar com alguém que saiba fazer de um pequeno instante um grande momento..."
 Ao menos tentemos ser assim, ok?
 ..."e, no fim das contas, quando falamos sobre
salvar o meio ambiente, de certa forma é errado, porque o meio ambiente vai sobreviver.
Talvez a humanidade não sobreviva, ou talvez sobreviva em um mundo no qual não queira
particularmente viver". Kenny Ausebel, em “A última hora”
 Enviado pela amiga Gislaine Santos

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Rubens Ewald Filho : Revisitando Jerry Lewis

Revisitando Jerry Lewis em Blu-ray (EUA)
120069858 Revisitando Jerry Lewis em Blu ray (EUA)
Uma distribuidora americana independente, Olive Films, foi quem teve a iniciativa de distribuir alguns filmes de Jerry Lewis em DVD e Blu-ray licenciados a Paramount.
O que pouca gente sabe é que Jerry é dono da maior parte dos direitos de seus filmes e há muitos anos tem tido o cuidado de preservá-los. Na verdade, é um de seus sete filhos que cuida disso e todos seus trabalhos estão em excelentes condições técnicas.
jerry 1 Revisitando Jerry Lewis em Blu ray (EUA)
O pacote da Olive traz Geisha Boy (O Rei dos Mágicos, 58), seu filme menos típico Boeing Boeing (Idem, 65, em que ele e Tony Curtis trocaram de papéis na última hora e Jerry faz o straight man).
Eu comprei os três outros do pacote que eram mais raros e não chegaram a sair no Brasil em DVD: O Detetive Mixuruca (It´s Only Money, 62, que nunca é reprisado porque é em preto e branco), Bancando a Ama Seca (Rock-A-Bye Baby, 58) e Errado Pra Cachorro (Who´s Minding the Store?, 63), todos eles dirigidos pelo mestre de Jerry, o diretor Frank Tashlin (1913-1972).
Vamos comentar os três filmes, mas antes falar de Jerry e sua contribuição para o cinema.
 Jerry Lewis (1926)
90415891 Revisitando Jerry Lewis em Blu ray (EUA)
Não é difícil explicar o sucesso de Jerry Lewis. Basta não filosofar muito. O fato é que ele é simplesmente muito engraçado. Sempre foi e ainda continua sendo.
Embora tenha gente que, a princípio, se assuste com o personagem que ele fez, um tipo meio bobo, desengonçado, parecendo mesmo um deficiente. Por isso mesmo que ele dedicou a vida inteira a ajudar os que sofrem de paralisia cerebral, sentindo–se culpado.
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Mas não esqueçam que era um tipo, papel, personagem. Conforme demonstrou mais tarde em outros filmes podia ser também um convincente ator dramático.
O que poucos sabem é que Jerry foi aprendendo cinema a ponto de se tornar um grande diretor de comédias (fez algumas até sem participar como ator), chegando a lecionar cinema em escolas e fazer invenções.
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Foi ele quem criou o chamado “vídeo assist”, que hoje é amplamente utilizado pela indústria, que é aquele vídeo pelo qual o diretor acompanha o que está sendo rodado, já com o enquadramento, certo, mostrando aquilo que a câmera vê. Também chamado de “vídeo village”.
Era assim que ele conseguia se dirigir a si mesmo, revendo o que foi gravado. Nascido Joseph Levitch, em 16 de março de 1926, em Newark, em Nova Jersey. Seu pai havia sido ator de vaudeville, Danny Lewis (1902-80), e chegou a fazer pontas em cinco filmes (o único de Jerry, Bancando a Ama-Seca). 
jerry 4 Revisitando Jerry Lewis em Blu ray (EUA)
Danny  se apresentava principalmente em festas da colônia judaica. Reza a lenda que largou a high school porque brigou com um professor que fez comentários antissemitas e foi direto trabalhar em shows.
 Em 1946, conheceu seu parceiro ideal, um cantor chamado Dean Martin (1917-95), com quem passou a fazer dupla em shows e na TV. No auge de seu sucesso, os anos 50,  a dupla Dean Martin e Jerry Lewis foi imbatível, campeões absolutos de bilheteria, quando foram contratados por Hal Wallis para fazer filmes na Paramount.
Wallis os viu numa casa noturna de Hollywood e resolveu contratá-los por cinco anos,  ganhando cinquenta mil dólares no primeiro ano e depois o valor iria crescendo até atingir os 175 mil.
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Resolveu lançá-los como coadjuvantes em duas fitas ao lado da comediante Marie Wilson, mas o sucesso foi tão grande que logo eles se tornariam astros absolutos.
Foi  a primeira fita da dupla, Amigo da Onça/My Friend Irma, de 49, dirigida por George Marshall. O sucesso foi imediato e tão grande que em 51 eles passaram a “carregar” por assim dizer seus próprios filmes, em geral, refilmagens de antigos sucessos da Paramount adaptados para o estilo de Martin e Lewis, Dean cantava algumas canções e paquerava a mocinha enquanto Jerry fazia o tipo maluquinho e trapalhão, com todas as caretas e trejeitos que iriam marcar seu personagem. E que o público adorava.     
Durante os seis anos que trabalharam no cinema nunca foram grandes amigos. Eram até rivais e nos últimos filmes nem sequer trocavam mais palavras. Era tudo fingimento para a câmera. Curiosamente quando se separaram ambos tiveram carreiras bem sucedidas, mas nunca mais a mesma unanimidade.
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O fato é que Dean tinha ciúmes que Jerry aparecia mais, era mais reconhecido e um dia simplesmente se cansou disso e pediu a separação. Só voltaram a se falar quando Dean já estava muito doente e no fim da vida (era alcoólatra e grande amigo de Frank Sinatra). Foi tão importante para Jerry que chegou a escrever um livro a respeito.
Jerry sonhava em ser também diretor e começou a interferir demais nas fitas. Ele aprenderia seu métier trabalhando com diretores como Frank Tashlin e teria grande sucesso como diretor, realizando filmes quase sem diálogos, muito humor visual e seria descoberto pela crítica francesa que o celebraria como um gênio.
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Sua obra-prima seria O Professor Aloprado, de 63, que é  muito melhor que sua boa refilmagem com Eddie Murphy. E a grande magoa é que nunca foi respeitado por Hollywood e a crítica americana nunca reconheceu seu valor, debochando dele até hoje. Mesmo quando ganhou o prêmio da Academia foi por seu incrível trabalho filantrópico.
o professor Revisitando Jerry Lewis em Blu ray (EUA)
Deixa  como legado suas comédias e alguns momentos inesquecíveis da difícil arte de fazer rir.
  Jerry ao vivo
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Sou da geração que viu Jerry no cinema ainda, todos os filmes de seu estrelato com exceção do primeiríssimo. Mas duas de minhas maiores emoções foram assisti-lo ao vivo.
Primeiro no palco da Broadway, fazendo o papel do Diabo (imagem só) ganhando um salário recorde por sinal, no musical Damn Yankees, onde cantava, dançava e fazia maldades (a plateia vinha abaixo quando ele fazia umas gracinhas só para lembrar o velho Jerry). Estava em plena forma e ficou alguns anos com o show (ele também sapateava e cantava apesar da idade). Foi muito emocionante, acho que até chorei de feliz.
Depois o revi numa entrevista coletiva no Festival de Veneza que ele deu de bermudas fazendo todas as gracinhas a que tinha direito (chegaram a me fotografar rindo, de puro prazer).
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Achei interessante encontrar num velho artigo do Variety numa edição especial sobre o aniversário da Paramount, um artigo sobre Jerry, onde se comentava que ele fez uma fortuna para o estúdio. Entre 49 e 65 foi ouro puro para eles.
E que hoje sua influência se sente em cômicos como Adam Sandler, Jim Carrey, Roberto Benignini e Billy Crystal. E olhem alguns fatos notáveis:
a) Durante os 16 anos que Jerry esteve na Paramount, ele estrelou 35 filmes. Quando separou-se de Dean Martin, foi contratado por dez milhões de dólares  nos próximos sete anos. O maior preço já pago para um ator até então.
 b) O modelo para a carreira de Jerry foi Charles Chaplin. Ele também quis ser o autor total de seus filmes, tendo sido o primeiro comediante americano a dirigir a si próprio no cinema sonoro chegando ao cúmulo de financiar uma fita, The Bellboy - O Mensageiro Trapalhão com seu próprio dinheiro.
c) Com frequência fez em seus filmes papéis múltiplos, talvez porque na vida era um chamado “control freak”, gostava de controlar tudo e todos. Particularmente em seus longas.
 d) Era um autodidata, aprendeu tudo sozinho, sobre lente, luzes, câmeras. E também controlava tudo sobre a renda de suas fitas.
 e) Todos os seus filmes para a Paramount foram sucesso, renderam mais de três milhões de dólares. Mais que Elvis Presley. O Marujo Foi na Onda, 51, por exemplo, rendeu mais do que outros filmes do mesmo ano como Cantando na Chuva e Uma Aventura na África.
Diante disso, a Paramount não hesitou em permitir que ele derrubasse as paredes de dois estúdios para poder construir o set de O Terror das Mulheres  enquanto os filmes de Jerry com Dean, eram, em geral, reciclagem de antigos sucessos do estúdio, os filmes dele sozinho eram ousados e até experimentais.
f) O mestre de Jerry no aprendizado como diretor foi o diretor Frank Tashlin, com quem trabalhou várias vezes e de quem tirou o gosto pelo surreal.
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A cópia em Blu-ray
Como foram preservadas com cuidado, as cópias estão excelentes inclusive a em preto e branco. A melhor certamente é a de Bancando a Ama-Seca por uma razão simples que já expliquei aqui: ele foi rodado em Vistavision, ou seja, um sistema de Widescreen da Paramount que melhorava muito a nitidez, principalmente no que sucede num segundo plano.
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Como ainda por cima é musical com várias canções, a qualidade então é esplendida. Mas foi em Errado pra Cachorro que o Blu-ray me fez ver um detalhe: Dá para se notar as mãos de Jerry e perceber que ele tem umas unhas pintadas (de neutro) e feitas por manicure, coisa comum na época, mas que nada tem a ver com o personagem rústico que ele faz!
 Os filmes
Bancando a Ama-Seca (Rock-A- Bye-Baby)
Bancando a Ama Seca Revisitando Jerry Lewis em Blu ray (EUA)
EUA, 58. Direção de Frank Tashlin. Roteiro de Tashlin baseado em script de Preston Sturges. 103min. Com Jerry Lewis, Marilyn Maxwell, Baccaloni, Reginald Gardiner, James Gleason, Hans Conried, Ida Moore e apresentando Connie Stevens. Paramount.
Foi apenas o terceiro filme que Jerry fez sozinho e o primeiro a cores (sozinho). Em dois anos também estrearia na direção. É uma adaptação de uma obra-prima de Preston Sturges com Betty Hutton, Papai por Acaso (The Miracle of Morgan´s Creek, 44).
Em que uma moça ficava grávida, mas como estava bêbada não sabia quem era o pai. Aqui quem faz isso é uma estrela de cinema (Maxwell) que precisa esconder isso dos fãs e manda as crianças para seu maior fã e amigo da família (a irmã dela é apaixonada por ele), que no caso é Jerry.
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O problema é que ela tem trigêmeos e o herói tem que cuidar dos três bebês. São seis canções de Harry Warren e Sammy Cahn (uma delas, a título inclusive já aparece nos letreiros, muito bem encenada). E outra Jerry tem em dueto com seu filho Gary Lewis, que, naquela época, também chegou a fazer sucesso com sua banda Gary Lewis and the Playboys).
Foi a estreia no cinema de Connie Stevens, também cantora, que depois viraria estrela na Warner, se casaria com Eddie Fisher (com quem teria duas filhas atrizes, Tricia e Joely Fisher).
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O curioso é que foi todo rodado em estúdio (aliás, os três filmes têm isso em comum), já que em sets fechados é muito mais fácil fazer comédia e repetir takes, sem interferência.
Inclusive a praça principal que aparece aqui na cidadezinha é a mesma de De Volta para o Futuro. A marca do diretor (que fez sete filmes com Jerry), que veio dos quadrinhos e principalmente do desenho animado é que ele constrói gags, usa humor do mesmo tipo que em cartoons, sem medo de cair no absurdo ou se quiserem surrealismo.
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Sempre tem momentos de estrelato para Jerry brilhar, passando por problemas, por exemplo, quando conserta as antenas de TV de uma vizinha. Ou então não consegue controlar uma mangueira de água com jato muito forte.  Ou então, e noutro momento, satiriza a programação da TV (com Jerry fazendo os diferentes tipos). Mas este é um filme muito  doce, com músicas bem entrosadas e certamente um dos melhores do comediante.
Errado pra Cachorro (Who´s Minding the Store)
Who´s Minding the Store Revisitando Jerry Lewis em Blu ray (EUA)
 EUA, 1963.90 min. Direção de Frank Tashlin. Roteiro de Tashlin, Harry Nugent. Com Jerry Lewis, Jill St John, Ray Walston, Agnes Moorehead, Nancy Kulp, Kathleen Freeman e Isobel Elsom. Paramount.
No Brasil, sempre arranjavam um jeito de inventarem títulos criativos com trocadilhos ou gírias que envelheceram. Este daqui se explica porque Jerry trabalha levando cachorros para passear, situação que se repete ao final.
Ele é um sujeito que deseja vencer por sua própria conta e que não pode ficar sabendo que sua namorada (que o ama), Jill StJohn (atual mulher de Robert Wagner) é filha de milionários que são donos de um grande magazine onde vai trabalhar.
Who´s Minding the Store 2 Revisitando Jerry Lewis em Blu ray (EUA)
Este é  um dos raros filmes em que a grande Agnes -mãe da feiticeira da TV- tem um papel mais substancial com a megera que manda no lugar auxiliado pelo gerente (Ray Walston de Ao Sul do Pacífico e Meu Marciano Favorito).
Aqui Jerry basicamente provoca desastres em que ele é sempre a maior vítima, como quando vai tentar controlar uma liquidação, o aspirador que foge de controle e assim por diante. Mas também usa a cabeça quando tem que pintar um lugar inacessível onde colocam a bandeira!
Tudo no estilo de comics misturado com desenho animado, usando muito bem um policial de trânsito como a grande vítima de tudo. Divertido, mas nada especial.
Detetive Mixuruca (It´s Only Money)
It´s Only Money Revisitando Jerry Lewis em Blu ray (EUA)
EUA, 62. Direção de Frank Tashlin. Roteiro de John Fenton Murray. Com Jerry Lewis, Joan O´Brien, Zachary Scott, Jack Weston, Jesse White, Mae Questel, Del Moore e Ted de Corsia. Paramount. 83 min.
Espero que saiba que "mixuruca" quer dizer pobrezinho, variante de Mixo, que ao menos ainda é usado hoje em dia. Este é o mais pobre realmente da série, feito em preto e branco em estúdio (mas a imagem está legal), com sátira à modernidade e invenções robóticas que envelheceram muito.
Jerry trabalha consertando televisões, mas quer ser ajudante de seu cliente detetive particular. O filme é notável por dar chance a coadjuvantes famosos da época, de que poucos se lembram, no caso aqui, de Jesse White.
It´s Only Money 21 Revisitando Jerry Lewis em Blu ray (EUA)
Outra ainda mais querida é Mae Questel, que faz a milionária que procura o filho perdido. Mae foi a voz original dos desenhos  Betty Boop e Olivia Palito!
Também é notável a última aparição no cinema de um famoso vilão da Warner Zachary Scott (1914-65), que já estava sofrendo de câncer no cérebro aqui, mas faz umas boas expressões. E Jack Weston como o mordomo bandido.
Na trama, Jerry foi criado em orfanato e descobre que é filho da milionária (a bela Joan O´Brien faz a enfermeira que é apaixonada por ele). Joan ainda viva, fez filmes como O Álamo, Anáguas a Bordo, Loiras Morenas e  Ruivas, casou-se quatro vezes, foi crooner de Harry James e depois bem sucedida executiva para a rede Hilton de hotéis.
jerry 11 Revisitando Jerry Lewis em Blu ray (EUA)
Não chega a ser noir, mas satiriza fitas policiais B de detetive particular, com fugas, perseguições e criativas gags visuais.